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Liberté d'expression, Charlie?

Parece-me que Charlie Hebdo não reconhecia seus próprios limites para insultar os muçulmanos. Por trás de sua "sátira" e tão conclamada "liberdade de expressão" propagava-se um tipo de racismo, uma espécie de postura "islamofóbica"; não bastassem as intermináveis provocações, sabemos que até desenhavam o profeta em poses pornográficas (tente fazer as constantes provocações com a figura de Jesus e aguarde para ver a reação do mundo ocidental).

Não estou aqui a defender extremistas, jamais seria conivente com um ato insano como aquele ataque em Paris. O que pretendo passar (posso estar enganado) é a minha intuição de que a mídia ocidental tenta retratar o nosso mundo como "grande vítima" na história.


Verdade seja dita, nesse momento (enquanto você está lendo esse post), em algum lugar do Oriente há um jovem a morrer por conta de uma luta, guerra ou guerrilha financiada pelos interesses ocidentais... Me desculpem os hipócritas, mas se é pra falar do que está errado, vamos "jogar limpo"; se você não gosta de judeus, evangélicos, ateus, negros, nordestinos, gaúchos, paulistas, cariocas, gays, seja lá do que for... É PROBLEMA SEU! E cada um com os seus problemas! Entretanto, o que não se pode permitir é fazer uso do termo "liberdade de expressão" como uma forma de "escudo" para justificar o preconceito e o desrespeito a certos grupos.

Não precisa ir tão longe, isso é bem comum por aqui no Brasil, especialmente quando vejo alguns "comediantes" (para não os chamar de "comédias") que, por algumas vezes, "extrapolam" em seus "direitos de liberdade de expressão" não é mesmo?

Na boa, penso que deva haver limites "sim" para o que chamamos de "liberdade de expressão". Repito, jamais se deve tolerar o que aconteceu, mas que fique bem claro: Onde "não" há limites (seja p/ o que for), há desrespeito; onde há desrespeito, só pode dar em "merda" (fato), é só uma questão de tempo. 

Creio que seja possível fazer sátira (e sucesso) sem "apelação" e sem faltar com respeito às crenças, etnias e preferências pessoais. Basta ser um pouco criativo e inteligente (mas isso não é p/ qualquer um).



Portanto, desculpem-me, "je ne suis pas Charlie".

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